Como eu virei vegana

Nunca contei aqui minha história de como virei vegana. Falei um pouco aqui no depoimento que dei pro Gula Vegana, bem no começo do meu blog. E hoje, no Dia Mundial do Veganismo, achei relevante compartilhar minha história mais completa com vocês.

Não vou mentir e dizer que eu era uma pessoa que comia carne todo dia, mas não cresci em uma família vegetariana e a gente comia proteína animal regularmente. Nunca tinha me interessado pelo assunto e nunca questionei o que eu colocava no meu prato, até começar a trabalhar e conhecer a Mari. Começamos a conversar, comecei a pensar e a me questionar. Aí, um belo dia, olhei pro meu prato, olhei pro Castanha (meu cachorro), e pensei exatamente assim: como posso comer um animal se amo tanto um que vive comigo? E foi assim, do dia pra noite, que parei de comer peixe, frango e carne. Um mês depois, parei com leite, ovos e queijo. Na época a opção de lugares pra comer fora com opções era bem menor do que hoje em dia, então aprendi a cozinhar pra conseguir me virar. Foi nisso que comecei a fazer meu famoso patê de tofu com cebolinha, que deu o nome a esse blog e ao meu instagram.

Sempre que estou em algum evento ou lugar com outras pessoas que não são veganas e elas me oferecem comida/bebida que não é vegana, eu sempre digo: “Não, obrigada, não como/bebo isso, sou vegana.” Se a pessoa não falar mais nada, não continuo a conversa. Mas, se a pessoa perguntar, falo que virei vegana pelos animais.

Foi difícil? O mais difícil, pra ser sincera, são as outras pessoas. Piadinhas como “Mas o alface também tem sentimentos” tento relevar, embora algumas vezes já tenha falado:  “Verdade…já colocou um pintinho e um alface no liquidificador? Mesma coisa né?”

Já aconteceu algumas vezes de ir em restaurantes e não ter opção e eu acabar comendo uma salada e mandioca frita. E assim, tudo bem, acontece, menos frequentemente hoje em dia pois as opções aumentaram muito (o mercado descobriu esse nicho, mas isso é assunto pra um outro post…), mas acontece. Quando tem churrasco de amigos, levo minha marmita. Já levei até tofu pra comer em restaurante por quilo perto do meu trabalho. Eu acredito que quando você quer algo e pra você te parece natural, não existe esforço, existe aquilo que você quer e aquilo que você precisa fazer.

Não vou terminar esse post listando argumentos para você, que está lendo, virar vegano/a. Não sou eu que decido. Ninguém falou pra mim: “Ligia, você precisa ser vegana!” Eu me questionei e fiz essa mudança sozinha. Tenho o maior prazer de dividir tudo que aprendi e sei, mas não é o meu papel falar quando as pessoas precisam parar de comer produtos de origem animal. Se você tiver alguma dúvida, pode deixar ai nos comentários que eu te respondo! 🙂

 

 

 

8 comentários Adicione o seu

  1. Mariana disse:

    Linda!!! Palmas e palmas pra você ❤

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    1. Ligia Romão disse:

      ahh linda você! ❤

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  2. tainashimoda disse:

    Não sou vegana, como você sabe hehe…confesso que não pretendo ser.
    Mas adoro te ouvir falar sobre…sempre me traz boas reflexões. Uma das coisas que eu amo em você é que você é MUITO tranquila com esse assunto. 🙂

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    1. Ligia Romão disse:

      ahahah valeu Tainá! 🙂 vamos almoçar no vegetariano mais vezes! beijo

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  3. julia disse:

    OLá
    Concordo com você quando decidimos tornar, vegetariana ou vegana,as outras pessoas é a parte mais difícil,
    Adorei o seu relato, sempre respondo que decidi pelos animais.
    https://verdeveggie.blogspot.com.br/

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    1. Ligia Romão disse:

      Obrigada Julia! 🙂 gostei do seu blog também!
      abraço,

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  4. Sandra Calil disse:

    A minha motivação foi a mesma… Pensava: qual a diferença entre as minhas cadelas e uma vaca??? Fiquei 4 anos sem comer carne e frango, aí engravidei, tive anemia, por não saber me alimentar direito na época e cedi à pressão do meu marido… Agora, mais de 20 anos depois, voltei a não comer, já fazem dois anos, mas não consigo largar os ovos e de vez em quando, como peixe, ainda… E comida sem carne pode ser deliciosa sim!!!Eu capricho tanto que até o meu marido está comendo bem menos carne!

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    1. Ligia Romão disse:

      Que legal Sandra! Sim, comida sem carne pode ser muito saborosa, a coisa mais dificil realmente é lidar com a pressão social, porque comida tem mta opção! 🙂

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